sábado, 3 de setembro de 2011

ACESSO DO BRASILEIRO AOS CARTÕES DE CRÉDITO, DÉBITO E REDE/LOJA

Monitor Mercantil - 30/08/2011 

Faturamento cresce 26% no semestre
Quebra de exclusividade entre bandeiras e credenciadoras, ajudou impulsionar o crescimento
O faturamento dos cartões de crédito, débito e de rede/loja no Brasil registrou alta de 26% no segundo trimestre de 2011 em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), tal comportamento deve-se ao incentivo à maior competitividade e a entrada de novos players no mercado, provocados pela quebra de exclusividade entre bandeiras e credenciadoras, ajudaram a impulsionar o crescimento. A entidade também ressalta que o bom momento da economia nacional, com a baixa taxa de desemprego e o aumento da oferta de crédito, também estimulou o resultado acima da média, que totalizou R$ 158,9 bilhões.
Para o presidente da Abecs, Claudio Yamaguti, os números superam as expectativas do mercado, apesar de estarem de acordo com o momento atual da indústria. "Já imaginávamos que a abertura da atividade de adquirência provocaria aquecimento no setor e aumentaria a busca por credenciamento no varejo, o que consequentemente gera maior uso dos cartões", afirma, lembrando também do aumento do poder aquisitivo do brasileiro e do maior acesso da população das classes C, D e E aos serviços financeiros.
Quando avaliadas separadamente, as modalidades de cartão registraram os seguintes valores: R$ 92,5 bilhões em cartões de crédito, com crescimento de 25%; R$ 46,1 bilhões em cartões de débito, com evolução de 28%; e R$ 20,3 bilhões em cartões de rede/loja, 29% a mais do que o registrado no segundo trimestre de 2010.
O número total de transações chegou a 1,99 bilhão, aumento de 20%. Nesse quesito, o crescimento por modalidade foi de 18% em cartões de crédito, 22% em cartões de débito e 20% em cartões de rede/loja, totalizando, respectivamente, 834,2 milhões, 805,5 milhões e 356,1 milhões de transações.

Semestre

No primeiro semestre de 2011, o mercado de cartões totalizou faturamento de R$ 304,5 bilhões, crescimento de 25% em comparação com os primeiros seis meses de 2010, sendo R$ 176,2 bilhões (24%) em cartões de crédito, R$ 89,5 bilhões (27%) em cartões de débito e R$ 38,8 bilhões (26%) em cartões de rede/loja.
O número de transações cresceu 19%, totalizando 3,85 bilhões. Por modalidade, o crescimento das transações foi de 17% para cartões de crédito, 21% para cartões de débito e 18% para cartões de rede/loja.
As estimativas para o segundo semestre de 2011 foram revisadas, estimulada pelas festas de final de ano e pelo 13º salário dos trabalhadores. Com isso, a Abecs estima que o mercado de cartões encerre o ano com crescimento de 23% no faturamento total, em comparação com o resultado apresentado em 2010.

Total

No término do segundo trimestre, eram 657,2 milhões de plásticos em circulação no Brasil, crescimento de 10% em relação ao mesmo período de 2010. Os cartões de débito chegaram a 162,3 milhões, o equivalente a 12%; os de débito atingiram a marca dos 257,9 milhões, evolução de 7%; e, por fim, os cartões de rede/loja, que tiveram incremento de 12%, somando 237 milhões de plásticos.
Houve também leve incremento no tíquete médio das operações, de 6%. O valor médio das compras com cartões de crédito continua maior, com R$ 111, contra R$ 57 tanto dos cartões de débito quanto dos cartões de rede/loja.
Os maiores gastos de brasileiros no exterior, com a valorização do real frente ao dólar e o aumento do poder aquisitivo, também contribuem para o maior faturamento de cartões de crédito. No segundo trimestre, o valor total de compras feitas com esse meio de pagamento em outros países chegou a R$ 4,9 bilhões, crescimento de 22% ante o mesmo período de 2010.

Regiões

A região que maior registrou crescimento no país foi a Centro-Oeste, tanto nos cartões de crédito quanto nos cartões de débito, com 27% e 32%, respectivamente. Os resultados da região Sul foram semelhantes: crescimento de 26% em cartões de crédito e 32% em cartões de débito.
A representatividade de cada região nas duas modalidades é: Sudeste com 66% (crédito) e 62% (débito); Sul com 12% e 15%; Nordeste com 12% e 10%; Centro-Oeste com 7% e 9% e Norte com 3% em cada.
Os dados do estudo da Abecs apontam que, em relação aos ramos de atividade, "é possível notar a tendência de ampliação da aceitação dos cartões em nichos não tradicionais". Em faturamento de cartões de crédito, o crescimento foi maior para outros serviços e profissionais liberais (54%), setor primário, indústria e serviços básicos (41%), que contempla segmentos como educação e saúde, e demais comércios atacadistas e varejistas (40%), que incluem segmentos como os de comércio atacadista e materiais de construção.
No caso de cartões de débito, os crescimentos mais acentuados foram em: comércios atacadistas e varejistas (50%), setor primário, indústria e serviços básicos (44%) e comércio automotivo (34%).

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