quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Seis municípios geraram quase 25% da renda do país em 2010, diz IBGE

 Alessandra Saraiva | Valor
 
RIO - A renda gerada por seis municípios em 2010 correspondeu a aproximadamente 25% de toda a geração de renda do país naquele ano – sendo que esses municípios representavam 13,7% da população. É o que mostrou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em seu Produto Interno Bruto dos municípios de 2010.

Essas cidades também são os seis municípios de maior PIB entre os 5.565 do país. Respondendo por 11,8% da economia do país, São Paulo (SP) ocupa a primeira posição, seguida por Rio de Janeiro (RJ), que tem 5% do PIB do país; Brasília (DF), com 4% do PIB; Curitiba (PR), que conta 1,4% do PIB; Belo Horizonte (MG), com 1,4% do PIB nacional; e Manaus (AM), com 1,3% da economia brasileira. Desde 2008 esses municípios se posicionam nas mesmas colocações, informou o instituto.
Entretanto, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília apresentavam fatias maiores no PIB nacional em 2009, respectivamente de 12%, de 5,3% e de 4,1%. Curitiba e Belo Horizonte mantiveram sua participação no PIB entre 2009 e 2010, enquanto Manaus mostrou leve aumento (1,2% em 2009) no mesmo período.
O instituto destacou que todos os seis municípios são capitais, a maioria tradicionalmente identificada como concentradora de serviços, como intermediação financeira, comércio e administração pública. A exceção fica por conta de Manaus, cuja economia equilibra indústria e serviços.
Entre as capitais as três que ocuparam as menores posições de participação do PIB nacional estavam na região Norte. É o caso de Boa Vista (RR), Rio Branco (AC) e Palmas (TO), todas respondendo por 0,1% da economia nacional em 2010.
Excluindo os municípios que são capitais, 11 cidades se destacaram por responderem, individualmente, por mais de 0,5% do PIB do país em 2010. Essas localidades representaram 8,6% da renda total do Brasil naquele ano. Concentradas em sua maioria no Estado de São Paulo, é o caso de Guarulhos (SP), Campinas (SP), Osasco (SP), que geraram 1% do PIB nacional, cada uma, naquele ano; São Bernardo do Campo (SP), que respondeu por 0,9% do PIB de 2010; Betim (MG) com 0,8%; Barueri (SP), Santos (SP), Duque de Caxias (RJ) e Campos de Goytacazes (RJ), que geravam 0,7% individualmente; São José dos Campos (SP), com 0,6%; e Jundiaí (SP), que respondeu por 0,5%.



 

sábado, 1 de dezembro de 2012

Cartão Elo demora a deslanchar

Valor Economico - 30.11.12

Lançada com toda pompa em abril de 2011, a bandeira nacional de cartões Elo, projeto que reuniu Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal em sociedade, passou seu primeiro ano e meio quase despercebida pelo consumidor. Embora os três bancos já estejam emitindo o novo cartão, espalhando-o aos poucos dentro de suas bases de clientes, a bandeira tem pelo menos mais um ano pela frente antes de estar em pé de igualdade para enfrentar os concorrentes internacionais, a Visa e a Mastercard.
Todo o silêncio em torno do projeto não quer dizer que a Elo parou. Os três bancos sócios e o presidente da bandeira, Jair Scalco, asseguram que a Elo, aos poucos, vai superando os dois primeiros obstáculos da breve existência: o desenvolvimento da tecnologia e a aceitação entre os lojistas.
Só superada essa fase é que virá a briga mais ruidosa pela preferência do consumidor. "Ainda somos uma 'startup' e devemos continuar assim até o fim do ano que vem", diz Scalco. "Nossa prioridade é colocar na prateleira os produtos que já existem no mercado com outras bandeiras. Temos que nos igualar primeiro ao que já existe."
No cardápio, a intenção é colocar, por exemplo, a modalidade para financiamento do agronegócio e o cartão BNDES, para pessoa jurídica, ou o crediário, linha de crédito para pessoa física acionada na própria maquininha de captura de transações, o POS. A equipe da Elo também vai aumentar. De 20 funcionários, hoje, deve chegar a algo entre 45 e 50 no ano que vem.
O sucesso do portfólio de produtos, porém, vai depender da solidez do desenvolvimento tecnológico da bandeira. Aí é que está a grande frente em que a Elo vem trabalhando desde que foi fundada. Atualmente, boa parte dos sistemas de operação da bandeira (que envolvem, por exemplo, regras para realização das transações) estão terceirizados. Até mesmo o chip que vai nos cartões hoje é comprado da rival Visa. A Cielo, que tem BB e Bradesco como acionistas, presta os serviços de compensação. Scalco promete que até meados de 2013 toda a parte tecnológica, inclusive o chip, desenvolvido integralmente no Brasil, estarão prontos.
Hoje, cada um dos bancos parceiros trabalha com uma modalidade do cartão. A Caixa emite o de débito, o Bradesco, o de crédito e o BB, o múltiplo (que reúne débito e crédito em um só cartão). Em setembro, a Elo tinha nove milhões de cartões emitidos. Um ano antes, eram aproximadamente 500 mil. É uma parcela ínfima do total de unidades que circulam no mercado brasileiro, estimado em 736,8 milhões pela associação do setor de cartões (Abecs). A meta anunciada da Elo é conquistar uma fatia de 15% do mercado até 2016.
Do total de cartões da Elo, 30% são de crédito e 70% são débito. Só a Caixa, principal emissor por enquanto, tinha 5,7 milhões de cartões de débito emitidos até o meio do ano. O banco tem um total de 60 milhões de cartões de débito. Bradesco e BB não divulgaram seus números relativos a Elo.
Com o cartão de débito, a Caixa tem servido de "ponta de lança" para ganho de volume da bandeira. "O cartão de débito tem uma rentabilidade menor", admite Mário Ferreira Neto, diretor executivo de cartões e seguros do banco federal. "Mas construir uma base boa de cartões tem sido fundamental para fazer volume de aceitação entre os lojistas". Hoje, a bandeira é aceita em cerca de 1,2 milhão de estabelecimentos comerciais, a rede da Cielo.
A Caixa pretende lançar o cartão de crédito em dezembro e o múltiplo no segundo trimestre do ano que vem. "Para a segunda metade de 2013, estamos planejando produtos mais premium com a Elo", diz Ferreira Neto.
Para o Bradesco, não há barreiras tecnológicas impedindo o crescimento da Elo. "Até o início do ano que vem, a bandeira estará homologada em todas as plataformas de cartões do banco", afirma Marcos Bader, diretor-geral da Bradesco Cartões. Esse é um passo importante para o banco, na medida em que leva a Elo para base de cartões de loja, que inclui a operação do Banco Ibi. A instituição pretende lançar o cartão múltiplo da Elo nos próximos meses, além de outros produtos para pessoa jurídica.
O Bradesco também pretende sair na frente com os pré-pagos da Elo. Desde o seu surgimento, a bandeira brasileira trouxe uma forte proposta de atuação na baixa renda, em especial via cartões pré-pagos. Na semana passada, o banco da Cidade de Deus anunciou o lançamento de um cartão pré-pago com a operadora de telefonia Claro. Embora não tenha revelado qual a bandeira que acompanhará o cartão, o Valor apurou que há "fortes chances" de que seja a Elo.
No caso do BB, toda parte tecnológica está pronta para a bandeira Elo. Hoje, o banco é o único a emitir o múltiplo, cartão que reúne crédito e débito. Sua estratégia não prevê versões com só uma modalidade. "A Elo tem sido trabalhada de forma prioritária no Banco Postal", afirma Raul Moreira, diretor de cartões do Banco do Brasil.
Por enquanto, o banco é o único a trabalhar com o Agrocard, planeja cartão para micro e pequenas empresas, além de uma família de cartões pré-pagos para o ano que vem. "São produtos que já estão prontos e dependem apenas do cronograma comercial", afirma Moreira. Ontem, o BB lançou o crediário para cartões Elo.
Em relatório que publicou sobre a indústria de cartões, o Banco Central destacou a criação da bandeira nacional. "A possibilidade de outros emissores e, principalmente, de outros credenciadores participarem desse novo esquema [a Elo] de quatro partes é importante para aumentar a eficiência do mercado de cartões", escreveu o BC.
Esse, porém, é outro ponto que vai esperar mais um pouco. "Poderíamos trazer outro credenciador ou emissor para o projeto, mas essa não é a prioridade agora", afirma Scalco. Hoje, só a Cielo captura as compras com a bandeira.

País passa por grave crise de crédito, afirma economista da Votorantim

Valor Economico - 30.11.12
 
SÃO PAULO - O Brasil passa por uma grave crise de crédito, centrada no setor de automóveis, o que explica o baixo crescimento mostrado pelo país em 2012, na avaliação do economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani.
Ao participar de seminário promovido pela agência Internews sobre perspectivas para a economia no próximo ano, Padovani discordou da tese adotada por parte do mercado de que o crescimento em 2013 está fadado a ser baixo por causa da crise de investimento, que recua há cinco trimestres consecutivos, conforme divulgou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Uma parte dos economistas afirma que os investimentos vão continuar travados porque os custos de produção domésticos são altos e o cenário externo é muito incerto. Eu concordo que o Brasil tem problemas de competitividade, mas o país está passando por grave crise de crédito.”
Padovani acredita que o aumento do endividamento das famílias e da inadimplência tornou os bancos mais cautelosos, o que travou a concessão de crédito neste ano. No terceiro trimestre os serviços de intermediação financeira recuaram 1,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Em outubro, afirma, já há sinais mais positivos, com estabilidade da inadimplência do consumidor e redução dos pagamentos com atraso inferior a 90 dias.  “A melhora das condições de crédito no quarto trimestre será fundamental para explicar retomada da economia em 2013”, afirma o economista. A “digestão” desses empréstimos problemáticos concedidos no boom de 2010 será rápida porque os prazos no Brasil são curtos. Assim, segundo Padovani, a expectativa é que os bancos elevem o volume de empréstimos, agora com condições financeiras mais favoráveis, já que os juros e os spreads recuaram.
No diagnóstico do economista da Votorantim o Brasil não vive problema de oferta, mas de demanda. Com empréstimos fluindo melhor, a tendência é de retomada do consumo e, por consequência, dos investimentos. “Com os canais de transmissão dos incentivos monetários limpos todos os incentivos já concedidos vão chegar com força na economia brasileira”, afirma Padovani, que espera retomada da economia no próximo ano.

Cresceremos 4% em 2013, prevê Mantega após divulgação de dados do PIB


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, argumentou, em entrevista coletiva em São Paulo para comentar os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta sexta-feira, que um conjunto de situações que provocaram o pequeno crescimento da economia no terceiro trimestre já foram superadas, e as condições para um melhor desempenho estão mantidas.
Novas medidas de estímulo à economia devem ser anunciadas na semana que vem, afirmou. “Várias medidas tem sido tomadas, algumas só entrarão em vigor em 2013. Então ainda não temos todos os estímulos em ação na economia brasileira e continuaremos tomando medidas”, disse o ministro, acrescentando que na próxima semana deve haver novidades, “principalmente no âmbito do financiamento para o investimento".
“Vamos manter elevado o volume de financiamento com taxas reduzidas, mas vamos deixar esse assunto para a próxima semana”.
Leo Martins/Frame/Folhapress
ministro Guido Mantega (Fazenda) afirma nesta terça-feira (30) estar satisfeito com a reação da economia brasileira no trimestre,
Mantega argumentou que o investimento já está em recuperação, que diversos setores consumiram estoques de julho a setembro e agora vão elevar a produção, e que nos próximos trimestres o país sentirá mais o impacto das medidas de redução de juros e impostos sobre o consumo.
“Não atentamos para o peso e o resultado da intermediação financeira, mas as últimas pesquisas e indicadores mostram uma reação, um aumento do crédito. Esse indicador deverá ser diferente no 4º trimestre”, disse o ministro, lembrando que ninguém — nenhum analista, nem o próprio governo previu um PIB tão fraco no terceiro trimestre. Para o ministro, a economia vai crescer 4% em 2013 e no último trimestre deste ano o crescimento, em relação ao terceiro trimestre, será em torno de 1%, o que também já indica um ritmo anualizado de 4%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta que o PIB teve expansão de 0,6% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre, na série com ajuste sazonal, de acordo com o resultado das Contas Nacionais.
Mantega argumentou que “a redução da taxa de juros não surte efeito imediato, ela exige alguns meses para fazer efeito e isso tem sido retardado pela crise internacional, que causa uma expectativa negativa”.
Ele também ponderou que o primeiro efeito da redução da taxa de juros foi reduzir a intermediação financeira, acabando por influenciar, no curto prazo, o baixo resultado do PIB. No médio e longo prazos, diz ele, o efeito da queda dos juros será diferente porque ele dará estimulo à economia.
“O custo do investimento e do consumo está caindo, e a redução do spread abre a possibilidade para um maior poder de consumo da população”, disse ele, acrescentando, no entanto, que esse efeito positivo da queda dos juros demora mais para aparecer, bem como os efeitos da desvalorização do câmbio, que serão mais sentidos pelo empresariado nos próximos trimestres.
“A economia está se adaptando a essa nova situação. A taxa [do terceiro trimestre] não foi o que todos esperávamos, mas foi melhor que nos trimestres anteriores. Deveremos alcançar um  crescimento de 4% no próximo ano”, disse Mantega.
O ministro argumentou que o investimento já está em recuperação e citou o aumento na produção e venda de caminhões como um exemplo. “Precisamos olhar o que está acontecendo hoje, e temos um movimento de recuperação difuso em todos os setores. Por isso mantenho previsões de crescimento em torno de 1% no quarto trimestre e de 4% para o próximo ano”, disse Mantega.
Satisfação
Mantega afirmou que “ficaria mais satisfeito se o Produto Interno Bruto do terceiro trimestre tivesse atingido resultado que todos esperavam", mas disse, no entanto, que está "satisfeito com a reação da economia brasileira”.
Segundo Mantega, o crescimento de 0,6% no terceiro trimestre, em relação ao segundo, não mostra toda a reação porque os indicadores do quarto trimestre já apontam tendência mais positiva para a economia. Mantega disse estar “satisfeito com o aumento da confiança da indústria, do comércio, dos serviços e do consumidor, com o consumo de papel ondulado, que embrulha mercadorias, com o aumento das vendas de caminhões”.
O ministro afirmou ainda que embora o resultado pudesse ter sido melhor, é preciso ficar atento à recuperação mostrada pelo setor industrial, que se mostrava em grande dificuldade no início do ano, e pelo segmento de bens de capital.


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Juro do cartão de crédito tem menor índice histórico

www.diarioweb.com.br - 20 nov 2012

A taxa de juros média do cartão de crédito apresentou queda histórica no mês de outubro. De acordo com pesquisa divulgada pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), esta é a primeira vez desde 1995, quando começou a pesquisa, que o índice de 10%. Com redução de 9,99% em relação a setembro, o mês passado fechou em 9,37%.

Segundo o economista Bruno Sbrogio, esta redução, apesar de importante, está longe de ser a ideal. “O juros começaram a cair, mas ainda estão muito altos. Continuamos pagando muito por ano”, disse Sbrogio. Esta pequena queda, segundo ele, mostra uma tendência, a possibilidade de se ter um custo menor com o cartão de crédito, mas as pessoas não podem se iludir.

“Ficou menos caro, mas ainda é um juro muito alto. O ideal ainda é fugir das dívidas com cartão de crédito”, completa o economista. Além da taxa de juros do cartão, as outras linhas de crédito para pessoa física pesquisadas pela associação também apresentaram reduções no mês de outubro.

Os juros do comércio tiveram redução de 2,38% em relação a setembro, fechando outubro a 4,10%; o crédito direto ao consumidor (CDC) para financiamento de automóveis reduziu 3,25%, ficando a 1,49%; o empréstimo pessoal feito para bancos caiu 7,65% e fechou outubro a 3,02%; o empréstimo pessoal feito para financeiras reduziu 3,60% e chegou a 7,24% em outubro; e a taxa média para pessoa física apresentou redução de 5,34%, levando a taxa de outubro a 5,50%. Assim como o cartão de crédito, estas outras taxas também atingiram o valor mais baixo desde 1995.

Os juros do cheque especial, apesar de também apresentarem redução (-2,52% em relação a setembro, fechando outubro a 7,75%), foram os únicos que não atingiram o valor mais baixo da história da pesquisa, sendo superados pelo mês de fevereiro de 2011, quando atingiu 7,68%. O crediário dos 12 tipos de lojas pesquisados pela associação também reduziram suas taxas de juros no mês.

Com estas baixas, a taxa de juros média geral para a pessoa física apresentou redução de 0,31 ponto percentual no mês e 6,81 pontos percentuais no ano, o que corresponde a uma redução de 5,34% no mês e 7,03% nos últimos 12 meses, que resultaram em uma redução de 5,81% ao mês (96,93% ao ano) em setembro para 5,50% ao mês (90,12% ao ano) em outubro, garantindo também a menor taxa de juros da série histórica.

As quedas são reflexo da redução da taxa básica de juros (Selic) que vem sendo promovida pelo Banco Central desde julho de 2011. Ao todo, desde o início das reduções até outubro de 2012, a redução da Selic chegou a 5,25 pontos percentuais (-42%), de 12,50% ao ano em julho de 2011 para 7,52% ao ano em outubro de 2012. Segundo Sbrogio, a base da Selic é o termômetro dos juros. E quando baixa, a tendência é todas baixarem junto. “Mesmo com a inflação um pouco acima do esperado, o cenário internacional permite ao governo fazer estas reduções”, afirma.

Segundo a Anefac, mesmo com a redução dos juros e o aumento do crédito no mercado, é importante se atentar para alguns pontos. Entre as dicas da associação está a manutenção de uma vida financeira organizada e a economia para ter uma reserva financeira, evitando assim ficar inadimplente ou ter que recorrer a empréstimos com juros altos.

Para o economista Ângelo Bevilaqua, por causa da taxa ainda extremamente alta, planejamento é a melhor forma de prevenir gastos inesperados com juros que podem afetar a renda. “É um número absurdo. Temos algumas taxas de crédito de mais ou menos 3% ao ano enquanto que o cartão de crédito cobra 9,37% ao mês. As pessoas precisam pensar muito antes de utilizar. Na verdade, o consumidor só deveria utilizar o cartão de crédito quando tivesse certeza de que no próximo mês teria o dinheiro para pagar a fatura total”, aconselha o economista.


Claro e Bradesco anunciam cartão para transação financeira via celular

Parceria vista atuação no segmento de pagamentos móveis.
Governo discute projeto de lei para pagamento por meio de celular.

22/11/2012 - Atualizado em 22/11/2012

A operadora móvel Claro e o banco Bradesco firmaram parceria para atuarem no segmento de pagamentos móveis e anunciaram, nesta quinta-feira (22), que irão lançar um cartão pré-pago para transações financeiras pelo celular, e a utilização de tecnologia de pagamento por aproximação conhecida como NFC (Near Field Communication) nas transações com cartões do banco nos aparelhos da operadora.
A expectativa das empresas é lançar o cartão no segundo trimestre do ano que vem, enquanto para a tecnologia NFC a previsão é de que a tecnologia tenha maior escala na segunda metade de 2013.
 
O cartão pré--pago, vinculado a uma linha de celular, poderá ser usado para compras, pagamentos, saques e consultas de saldo e transferências, e é o primeiro resultado da joint venture anunciada pelas duas empresas em 2011.
Segundo o diretor da Bradesco Cartões, Marcio Parizotto, os ganhos obtidos com a parceria serão igualmente divididos entre o banco e a operadora, e seu principal objetivo é atingir os mais de 46 milhões de pessoas não bancarizadas no Brasil.
O executivo ressaltou, porém, que a tecnologia NFC será destinada principalmente a clientes de maior poder aquisitivo, enquanto o cartão pré-pago, chamado de "moedeiro", será um produto de baixo custo, com limite de transação a ser definido.
"Ainda não temos esse valor (limite), mas a princípio vai ter limite de segurança", disse ele, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
Segundo as empresas, a tecnologia NFC vai possibilitar a transmissão e captura de transações de cartões de crédito, débito e pré-pagos em estabelecimentos comerciais habilitados, pela simples aproximação do celular ao terminal.
De acordo com Parizotto, o NFC será aceito na rede da Cielo. "A rede de aceitação, que é relevante, é a da Cielo", disse.

Regulamentação

Segundo ele, apesar de não existir uma regulamentação específica para esse tipo de pagamento, os produtos deverão obedecer diretrizes dos órgãos reguladores.
O governo discute a apresentação de projeto de lei para pagamentos por meio de celular. O Banco Central deve apresentar ainda neste ano uma proposta de lei para a presidente Dilma Roussef.
"É importante que a gente esteja sempre alinhado com diretrizes regulatórias, ainda que a regulação efetivamente não exista," acrescentou.
Carlos Zenteno, presidente da Claro, ressaltou que o serviço não deverá sobrecarregar a rede da empresa, que também será utilizada.  "São transações muito simples, e os sistemas estão preparados para isso", disse Zenteno, sem entrar em detalhes.

domingo, 28 de outubro de 2012

Brasil está acima da média em índice de pagamento móvel

Índice medido pela Mastercard busca medir quão preparado está um país para a adoção de serviços de pagamentos móveis

25/05/2012  - Fernando Paiva, do
 
Brian Ach/Getty Images
PayPass da Mastercard
No índice, Brasil ficou pouco acima da média mundial, com 33,4 pontos, ocupando a 16ª posição
São Paulo - A Mastercard criou um índice mundial para medir quão preparado está cada país para a adoção de serviços de pagamentos móveis.
 
O Mastercard Mobile Payments Readiness Index (MPRI), como foi batizado, varia de 0 a 100 e considera mais de 50 variáveis, como aceitação dos consumidores para três tipos de serviços móveis (m-commerce, transferência de valores entre celulares e pagamento no ponto de venda via celular), regulamentação, infraestrutura de telecomunicações e de NFC, eficiência e penetração de serviços financeiros etc.
Foram avaliados 34 países, dentre os quais o Brasil. A média mundial do índice foi de 33,2. A liderança ficou com Cingapura (45,6), seguida de Canadá (42) e EUA (41,5). Nenhum país atingiu ainda o ponto de inflexão, que a Mastercard considera que estaria nos 60 pontos.
O Brasil ficou pouco acima da média mundial, com 33,4 pontos, ocupando a 16ª posição. Se considerada apenas a América Latina, o Brasil foi o melhor colocado. Os outros três países da região avaliados foram Colômbia (32,4), México (27,7) e Argentina (22,4), que, aliás, ocupa a última posição no ranking mundial.
O que pesou negativamente na pontuação brasileira foi um ambiente regulatório pouco favorável. O estudo, contudo, não entra em detalhes sobre a questão. Por outro lado, o relatório elogia a construção de alianças entre bancos e operadoras móveis locais como fator positivo e cita especificamente a experiência da Paggo.

Faz parte do estudo uma pesquisa que perguntou aos consumidores de cada país se eles estão familiarizados, se têm interesse em conhecer e/ou se efetivamente usam três tipos de serviços de pagamentos móveis (m-commerce, compra com celular no ponto de venda e transferência de valores via celular).
No Brasil, 19% dos consumidores disseram estar familiarizados com soluções de m-commerce; 14%, com uso do celular para compras no ponto de venda; e 11% com transferências de valores entre usuários via celular. As médias mundiais foram de 20%, 11% e 16%, respectivamente.
Entre os entrevistados brasileiros, 22% se disseram interessados em experimentar serviços de m-commerce; 19%, compras com celular no ponto de venda; e 12%, transferências financeiras entre usuários via celular. Neste caso, as médias mundiais foram de 21%, 17% e 19%, respectivamente.
Por fim, 12% dos brasileiros disseram que efetivamente utilizam m-commerce; 7% fazem compras com celular no ponto de venda; e 8% realizam transferências de valores via celular. No mundo, os percentuais foram de 9%, 5% e 8%.
De acordo com o relatório, o consumidor brasileiro interessado em serviços de pagamentos móveis tende a ser homem e jovem (de 18 a 34 anos).
O estudo completo e a comparação entre os países encontram-se disponíveis no site do MPRI.

Cielo lucra R$589 mi no 3º tri e supera estimativas

A companhia lucrou 589 milhões de reais no trimestre, alta de 7,3 por cento ante o período imediatamente anterior

23/10/2012 -

Divulgação
Fachada da Cielo
São Paulo - A Cielo, maior processadora de meios de pagamento do país, registrou lucro líquido no terceiro trimestre acima das expectativas de analistas, com a queda dos custos de serviços de débito compensando o impacto do aumento das despesas gerais, administrativas e de vendas.
 
A companhia lucrou 589 milhões de reais no trimestre, alta de 7,3 por cento ante o período imediatamente anterior. O resultado ficou acima das previsões de cinco analistas obtidas pela Reuters, de 578,8 milhões de reais.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2011, o lucro da Cielo cresceu 28,7 por cento.
O Ebtida (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 11 por cento, para 782,5 milhões de reais, ante o trimestre anterior. As despesas financeiras caíram fortemente no trimestre, enquanto a receita subiu a um ritmo ligeiramente mais lento do que os custos e despesas.
Em bases anuais, o Ebtida aumentou 32 por cento, por causa de um salto na receita com a compensação de operações de cartões e aluguel de equipamentos.

Menos de 2% dos consumidores no Brasil usam cheque

O estudo ouviu consumidores de todas as capitais do Brasil, gerando erro máximo de 3,9% e confiança de 95%

24/09/2012  - Luci Ribeiro, da
 
Michael Kooiman/Wikimedia Commons
Cheque
Cheque: o uso da forma de pagamento também é muito baixo quando se analisa os consumidores por classe social (A,B,C e D).
Brasília - Usar o cheque para fazer compras no comércio é uma ação praticamente do passado no Brasil. Segundo pesquisa do SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), menos de 2% dos consumidores afirmam usar o talão de cheque na hora de fazer uma compra, seja ela à vista, seja a prazo. O estudo ouviu consumidores de todas as capitais do Brasil, gerando erro máximo de 3,9% e confiança de 95%.
 
Na avaliação da CNDL e do SPC Brasil, "o talão de cheque se tornou um instrumento absolutamente imperfeito pelo fato de o comerciante não ter garantia alguma sobre o retorno do pagamento feito pelo cliente". Os lojistas - argumentam as entidades - preferem instrumentos como o cartão de crédito, que asseguram o pagamento, embora as operadoras cobrem pela operação e permitam que a compra seja paga em prestações.
Ao tratar da forma como o consumidor prefere efetuar o pagamento, o estudo classifica as compras em vários tipos: supermercados, roupas, calçados e acessórios, e eletrônicos. No caso das compras de supermercados, por exemplo, a pesquisa mostra que a maioria dos consumidores paga essas compras à vista e em dinheiro (49% dos entrevistados); 19% deles pagam à vista com cartão de débito; 14% pagam com cartão de crédito sem parcelar; e 8% usam o cartão de crédito para dividir a conta. O cheque é usado por menos de 1% dos entrevistados para pagar compras de supermercado. O mesmo porcentual se repete nas compras de roupas, calçados e acessórios, e eletrônicos: menos de 1% das pessoas usam cheque como forma de pagamento.
O uso do cheque também é muito baixo quando se analisa os consumidores por classe social (A,B,C e D). Nas compras de supermercado feitas por consumidores das classes A e B, o uso do cheque alcança 2%, mas cai para menos de 1% quando o comprador é das classes C ou D. Na avaliação do SPC Brasil, "mesmo consumidores das classes C e D que têm contas e salários depositados em banco preferem receber da agência bancária um cartão de débito ou um cartão de crédito a receber um talão de cheque. Dessa forma, o talão "morre" por desuso".
A pesquisa completa do SPC Brasil sobre o Uso do Crédito pelo Consumidor Brasileiro será divulgada na próxima quarta-feira (26) em São Paulo. Entre outras informações, o estudo tem dados sobre inadimplência, planejamento de compras, onde os consumidores buscam crédito e como preferem pagar suas compras (à vista, a prazo, com cartão de crédito, dinheiro, cartão da loja, cheque).

sábado, 20 de outubro de 2012

Bematech e Elavon firmam parceria

Bematech.com.br

Acordo tem o objetivo de aumentar a adesão dos varejistas aos serviços de captura de transações da Elavon e alavancar a venda da solução BemaTEF

A Bematech, líder em soluções de tecnologia para o varejo e setor hoteleiro, e a Elavon, uma das maiores empresas do setor de adquirência e processamento de cartões de crédito, débito e meios eletrônicos de pagamento do mundo com presença em mais de 30 Países, anunciam uma parceria emblemática para o setor brasileiro de captura de pagamentos com cartões.
Com o acordo, as empresas serão as pioneiras na implantação do conceito de ISO (Independent Sales Organization) no Brasil. Por meio desse modelo de negócio amplamente utilizado pela Elavon nos EUA e na Europa, a Bematech passa a ser uma das principais vias de distribuição para a Elavon no Brasil.
Por meio de sua força de vendas indireta, com canais especializados em todo o Brasil, a Bematech passará a realizar a captação de estabelecimentos comerciais não só para a o uso de sua solução BemaTEF (Transferência Eletrônica de Fundos), como também prospectando esses varejistas para que possam fazer uso dos serviços de captura de transações da Elavon, que é reconhecida por oferecer diversas vantagens aos comerciantes. A Bematech também será responsável pelo treinamento e gestão dessas equipes de vendas, que atuarão em todos os Estados brasileiros.
Para o presidente da Elavon, Antonio Castilho, o acordo com a Bematech representa um importante marco na estratégia de conquista de mercado para a companhia. “A associação inaugura um novo modelo de negócios para o setor de adquirência brasileiro. Os ISOs são muito comuns em outros mercados como o dos EUA, por exemplo. Estamos muito honrados por ter a oportunidade de introduzir este sistema no Brasil em parceria com uma verdadeira referência no setor varejista como a Bematech. Temos certeza que a eficiência e a credibilidade do nosso parceiro irão acelerar muito os nossos trabalhos”, diz.
 “Estamos muito satisfeitos com essa aliança, uma vez que ela faz parte de nossa missão de levar mais eficiência aos estabelecimentos – que poderão, além de ter acesso a uma nova opção de meio de transação, fazer uso de uma solução de transferência de fundos segura, ágil, já reconhecida pelo mercado e aberta a todos os adquirentes”, afirma Cleber Morais, presidente da Bematech.
Castilho comenta ainda que este novo modelo de relacionamento reflete o DNA de inovação que é uma das maiores características da Elavon. “A Bematech facilitará nosso contato com os varejistas e possibilitará a apresentação de diferenciais como a oferta de produtos e serviços usados com sucesso em outros países, a capacidade global de processamento e diversas funcionalidades inovadoras desenhadas para cada segmento de mercado, que aos poucos serão lançadas no mercado brasileiro”, diz.
“Acreditamos no real valor de parcerias que representam ganhos para todos os lados, o que inclui, também, nossa rede de canais. Para nós, é muito gratificante estarmos nos unindo a uma empresa com expertise internacional como a Elavon e que tem investido no Brasil, justamente por acreditar no potencial do varejo nacional”, completa Morais.
A Elavon, que anunciou sua primeira transação no Brasil em fevereiro de 2012, trabalha com uma perspectiva de conquistar uma fatia de 15% do mercado nos próximos oito anos. Por sua vez, a Bematech espera ampliar consideravelmente a venda de sua solução transacional, que hoje já tem uma base instalada de aproximadamente 40 mil clientes.
Segundo estudos da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), somente até o mês de julho, o mercado de meios de pagamento no País, havia movimentado cerca de R$ 370 bilhões. Números apontam que os meios eletrônicos de pagamento já representaram, em 2011, em torno de 54% no faturamento mensal dos estabelecimentos comerciais. Além disso, pesquisa realizada pela ABECS, apontou que os pagamentos por meio de cartão deverão representar, em 2015, em torno de 39% do total gasto pelos consumidores.
Os produtos que serão explorados pela Bematech e Elavon incluem transações de débito e crédito das bandeiras Visa, Mastercard, Diners e Discover. A plataforma tecnológica BemaTEF – composta pelo BemaTEF Simples, Turbo e o recém-lançado BemaTEF Express – realiza transações também pelas demais adquirentes e sua principal vantagem é a integração do pin-pad com o sistema de back-office dos estabelecimentos e sua validade fiscal.

Cadastro Positivo amplia poder de negociação de bons pagadores

19/10/2012 - G1

Quem decide se vai incluir o nome no banco de dados é o próprio cidadão.
Entre os benefícios estão juros menores para financiamentos.


O governo federal publicou nesta quinta-feira (18), no "Diário Oficial da União", a lei que cria o chamado "cadastro positivo" de bons pagadores. O objetivo do cadastro é permitir que as pessoas que mantêm as contas em dia possam obter taxas de juros menores ao solicitar crédito. A regulamentação entra em vigor em 1º de janeiro de 2013, segundo o governo.
O cadastro vai incluir o histórico dos consumidores, todos os dados relativos aos empréstimos, crediário, prestações pagas e as que ainda vão vencer. Informações sobre o pagamento de contas de luz, água e telefone também entram. Quem decide se vai incluir o nome na lista é o próprio cidadão e isso poderá ser feito pela internet ou mesmo em uma loja, na hora de uma compra.

A novidade deve começar a valer em janeiro do ano que vem, com dados dos últimos quinze anos de movimentação financeira. A qualquer momento, o consumidor poderá tirar o nome da lista. Essas informações serão usadas por lojistas e bancos, mas só serão liberadas se houver comprovação de que existe uma relação comercial naquele momento.
A contrapartida de ter o nome no cadastro positivo é conseguir mais poder de negociação. Quem tem o nome limpo, paga as contas em dia, vai ter, por exemplo, argumentos fortes para pedir e conseguir juros mais baixos.
Nelson Barrizzelli, economista do SPC Brasil, acredita que a justificativa de que hoje as taxas de juros não são menores por causa dos maus pagadores vai acabar. “Quando isso tudo estiver implantado e disponível, com absoluta certeza vai reduzir a taxa de juros, porque um dos fatores que gera essa taxa é o risco, então se o risco for menor, certamente a taxa pode ser menor. Quando alguém libera o seu nome para esse tipo de cadastro, ele vai poder negociar com o concessor de credito aquilo que representa a sua capacidade de saldar as dividas”, declara.

75% dos brasileiros possuem cartão de pagamento, diz Abecs


Em 2008, parcela da população com algum tipo de cartão era de 68%. Cartões correspondem a 58% do faturamento das lojas.

Fabíola Glenia Do G1, em São Paulo
Claudio Yamaguti, presidente da Abecs. (Foto: Fabíola Glenia/G1)Claudio Yamaguti, presidente da Abecs, apresenta
a pesquisa (Foto: Fabíola Glenia/G1)
 
A parcela de brasileiros com algum tipo de cartão - seja ele de crédito, débito ou de alguma loja - subiu de 68% em 2008 para cerca de 75% da população brasileira neste ano, apontam dados divulgados nesta quarta-feira (17) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), na capital paulista.
Os dados fazem parte da quinta edição da pesquisa sobre o mercado de cartões, encomendada pela entidade ao Instituto Datafolha.
Já com relação aos estabelecimentos comerciais, os meios eletrônicos de pagamento também ganharam mais espaço e respondem pela maior fatia de faturamento, com 58%, ante 52% em 2008.

Modalidades

Entre as modalidades de meios eletrônicos de pagamento, a pesquisa indica que o cartão de débito é o que apresenta maior representatividade em diversos indicadores, como posse, hábito de uso, preferência e participação nos gastos mensais do consumidor.
A posse do cartão de débito foi a que mais cresceu nos últimos quatro anos, de 53% em 2008, para 62% em 2012. Na sequência aparece o cartão de crédito, que passou de 48% para 52% no mesmo período analisado.
“O cartão de débito vem consolidando ainda mais sua presença. Os consumidores passaram a usar mais esse instrumento em substituição ao dinheiro de papel”, disse Claudio Yamaguti, presidente da Abecs.

Participação nos gastos

A participação do cartão de débito nos gastos do mês do brasileiro pulou de 19%, em 2011, para 23%, este ano. No mesmo período, a participação do dinheiro em espécie caiu de 43% para 38%.
A pesquisa divulgada nesta quarta-feira aponta que as classes AB detêm a maior posse de cartões, com índice de 85%. A classe C possui 69% e as classes DE, 41%. A posse de cartão de crédito tem crescido mais entre os consumidores de classe C, ao passar de 41% em 2010, para 45% em 2012; e das classes AB, cuja variação, em igual período, foi de 62% para 65%.
A mesma tendência ocorre em relação ao cartão de débito, cuja evolução é ainda mais acentuada. Nas classes AB, houve crescimento de 71% para 76% e, na classe C, de 47% para 52%.
De acordo com a Abecs, em todas as faixas econômicas, o índice de posse de conta em banco é bastante similar ao de posse de cartão: AB (84%), C (66%) e DE (40%).
A posse de cartão é maior entre as faixas etárias intermediárias, com fatia de 79% entre pessoas de 25 a 34 anos, e de 76% entre aqueles com 35 e 44 anos.
No entanto, o crescimento mais expressivo entre 2010 e 2012 foi verificado nos extremos etários. Entre pessoas com 60 anos ou mais, houve crescimento de 57% para 64% e, entre os jovens de 18 a 24 anos, a participação aumento de 66% para 72%.
O estudo da Abecs indica que o número de pessoas que costumam pagar com cartão de crédito na internet salto de 13% em 2010 para 20% em 2012.

Vantagens e desvantagens

Na opinião dos consumidores entrevistados, os pontos fortes do cartão de débito são a segurança (pelo falto de não precisar andar com dinheiro), a agilidade no pagamento, a praticidade e a grande aceitação.
A questão da segurança, com relação ao risco de clonagem e roubo, bem como o imediatismo do débito e problemas com equipamentos aparecem como as principais desvantagens.
Com relação ao cartão de crédito, os usuários indicam como pontos fortes a segurança, o parcelamento da compra sem juros e a praticidade, mas criticam os juros do rotativo, a anuidade e a falta de controle nos gastos.

Estabelecimentos

Os meios eletrônicos de pagamento respondem por mais da metade do faturamento dos estabelecimentos. O cartão de crédito é o que possui a maior fatia, com 37% de participação, seguido pelo dinheiro em papel (32%) e pelo cartão de débito (21%).
De acordo com a pesquisa, o cheque foi o meio de pagamento que mais perdeu espaço nos últimos anos, recuando de 7%, em 2008, para 3% em 2012.
A pesquisa da Abecs, feita pelo Instituto Datafolha, ouviu 2.062 consumidores e 1.938 estabelecimentos comerciais, entre junho e julho deste ano, em 11 capitais brasileiras. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Elavon inicia operação em Belo Horizonte

3/8/2012 - Fonte: Diário do Comércio

Ao finalizar o período de testes para as soluções POS, a Elavon, empresa de serviços de adquirência e processamento em meios eletrônicos de pagamento, chega ao mercado mineiro. A partir de Belo Horizonte, a companhia começa a credenciar estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços para aceitar transações de pagamento com cartões por meio de suas máquinas.
Desde o início de julho, as equipes de venda estão visitando varejistas de todos os segmentos e prestadores de serviços da capital mineira com o objetivo de apresentar a estrutura teconológica, o modelo de atuação comercial e conquistar clientes que aceitem operar com seus sistemas.
Segundo o presidente da Elacon, Antonio Castilho, assim como na cidade de São Paulo e nas demais praças nas quais a empresa iniciou a prospecção, Rio de Janeiro, Salvador e na região paulista do Vale do Paraíba, a receptividade do mercado mineiro tem correspondido às expectativas.  “Os primeiros clientes da Elavon têm comprovado o padrão de excelência alcançado e temos de consciência de que esta aprovação, na prática, sempre será o principal fator de convencimento”, diz.
A Elavon realizou suas primeiras transações no Brasil no dia 1° de fevereiro deste ano, quando inaugurou um período de testes. No primeiro mês, todo o fluxo de captura, processamento e liquidação financeira foi testado em uma dezena de clientes. Na sequência , houve um aumento gradual de forma a permitir avaliação da performance integral dos sistemas e possíveis ajustes. No final de junho, foi alcançado o nível de eficiência considerado suficiente para expandir totalmente o volume de eventos e assumir grandes escalas.

Cartão de crédito básico perde espaço para o associado

Os cartões "intermediários", "premium" e "corporativos" tiveram crescimento de 9%, 29% e 34%, respectivamente, segundo levantamento divulgado pelo Banco Central

Eduardo Cucolo
 
Cartões de crédito
O número total de cartões de crédito emitidos caiu 2% na mesma comparação
Brasília - O número de cartões de crédito "básicos" caiu 5% em 2011 em relação a 2010, de acordo com o Adendo Estatístico ao Relatório sobre a Indústria de Cartões de Pagamentos, divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.
 
Já os cartões "intermediários", "premium" e "corporativos" tiveram crescimento de 9%, 29% e 34%, respectivamente, na mesma comparação. "Esse comportamento pode estar associado a estratégias dos emissores de aumentar a base de cartões associados a produtos com maiores tarifas de intercâmbio e de anuidade", diz o relatório.
O número total de cartões de crédito emitidos caiu 2% na mesma comparação. Segundo o documento, parte dessa queda se deve a ajustes nas bases de cartões dos emissores devido às aquisições ocorridas recentemente no mercado bancário.
Os cartões emitidos sob a modalidade "híbrido" foram os mais afetados, com queda na participação de mercado de 19% para 16% do total. O número de cartões de débito chegou a 254 milhões emitidos e 87,9 milhões ativos em 2011, crescimento de 13% em relação ao ano anterior.
Cresce receita com anuidade
A pesquisa mostrou também que a receita de bancos e outros emissores de cartão de crédito com anuidade cresceu 18% em 2011 em relação a 2010. O aumento das anuidades foi, em média, de 15%.
Além disso, houve elevação na quantidade dos cartões "premium", que cobram taxas mais altas. O financiamento de compras efetuadas com cartão de crédito representou 57% da receita total, crescimento de 13% em relação a 2010. Tarifas de intercâmbio representaram outros 19% dos ganhos.
No ano passado, a quantidade de transações aumentou 16,1% nos cartões de crédito e 22,7% nos de débito, para 3,9 bilhões e 3,6 bilhões, respectivamente. Também cresceu o número de transações por cartão ativo, para 45 negócios por ano no crédito (+13%) e 42 no débito (+11%).

Elavon chega ao Rio para competir com a Redecard e a Cielo

www.monitormercantil.com.br - 24/07/2012 

 
Ao finalizar o período de testes para as soluções POS, a Elavon, empresa de serviços de adqüirência e processamento em meios eletrônicos de pagamento, chega ao mercado fluminense. A partir da cidade do Rio de Janeiro, a companhia começa a credenciar estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço para aceitar transações de pagamento com cartões por meio de suas máquinas. Segundo o presidente da Elavon, Antonio Castilho, assim como na cidade de São Paulo e nas demais praças nas quais a empresa iniciou a prospecção, Belo Horizonte, Salvador e na região paulista do Vale do Paraíba, a receptividade do mercado carioca tem correspondido às expectativas. "Os primeiros clientes da Elavon têm comprovado o padrão de excelência alcançado e temos consciência de que esta aprovação, na prática, sempre será o principal fator de convencimento", diz. A Elavon realizou sua primeira transação no Brasil no dia 1º de fevereiro deste ano, quando inaugurou um período de testes. No primeiro mês, todo o fluxo de captura, processamento e liquidação financeira foi testado em uma dezena de clientes. Na seqüência, houve um aumento gradual de forma a permitir avaliação da performance integral dos sistemas e possíveis ajustes. No final de junho, foi alcançado o nível de eficiência considerado suficiente para expandir totalmente o volume de eventos e assumir grandes escalas. Para Castilho a preocupação inicial da companhia foi oferecer aos clientes um nível de excelência igual ou melhor do que os que eles já estão acostumados a operar no mercado brasileiro. "Neste momento, podemos assegurar que a Elavon é uma empresa confiável na prestação dos serviços de captura de transações com cartões de crédito e débito. Aos poucos, a empresa vai apresentar inovações e alternativas de produtos e serviços que já são sucesso nos mercados internacionais, mas bem adaptadas às necessidades brasileiras", diz. A Elavon é presente em mais de 30 países - atua em toda a Europa, bem como nos Estados Unidos, Canadá, Porto Rico e México - , e está entre as maiores empresas do setor nos EUA, atende mais de 1 milhão de varejistas no mundo e realiza mais de 2 bilhões de transações por ano. No Brasil, a empresa iniciou suas operações com uma joint venture entre a Elavon Inc. - subsidiária da U.S. Bankcorp - e a Credicard - subsidiária do Citigroup. A empresa quer atingir a meta de conquistar 15% do setor de credenciamento nos próximos anos.

Elavon credencia estabelecimentos de Salvador para capturar pagamentos com cartões



A Elavon, presente em mais de 30 países da Europa, além dos Estados Unidos, Canadá, Porto Rico e México -, atende mais de 1 milhão de varejistas no mundo e realiza mais de 2 bilhões de transações por ano. No Brasil, iniciou suas operações com uma joint venture entre a Elavon Inc. – subsidiária da U.S. Bankcorp – e a Credicard – subsidiária do Citigroup. Como diferenciais em relação às adquirentes já estabelecidas no País, a Elavon do Brasil possui capacidade global de processamento e de operar em diferentes países com o mesmo modelo interligado,trazendo conhecimento e tecnologia mundial e a experiência na gestão de clientes mundiais. O presidente da Elavon, Antonio Castilho, pretende atingir a meta de conquistar 15% do setor de credenciamento nos próximos anos, utilizando sua capacidade global de processamento com produtos segmentados para o varejo, garantindo a independência das instituições financeiras.

VISA QUER NFC "EM PLENA OPERAÇÃO" ANTES DA COPA DO MUNDO NO BRASIL

Portal TI Inside 16/03/2012 - Guilherme Sorgine

A Visa atua em duas frentes para capitalizar o enorme potencial do mercado de m-payments do Brasil, tendo em vista os grandes eventos que serão realizados no país nos próximos anos. As apostas da empresa são duas: por um lado, o lançamento do Visa PayWave, solução de pagamentos por proximidade, através de smartphones equipados com tecnologia NFC; por outro, a ampliação do mercado de recargas de celulares pré-pagos e micropagamentos.

A implementação da tecnologia NFC no Brasil é o ponto culminante de um mapa de trabalho que já vem sendo implementado pela empresa que começou com a adoção de cartões de tarja, evoluiu para os cartões com chip e senha (que já são mais de 100 milhões no Brasil) e chega hoje no sistema de compras por tecnologia de contato, o qual está sendo chamado comercialmente pela empresa de Visa PayWave. O novo sistema leva, na prática, o cartão de crédito para dentro do smartphone do usuário. Para pagar suas compras, o consumidor apenas aproximará o seu smartphone equipado com NFC de máquinas de pagamento adaptadas a essa tecnologia, com o valor da compra sendo debitado diretamente de sua fatura de cartão de crédito. Para os usuários mais tradicionais, haverá também a opção de utilizar o NFC por meio de um cartão similar àqueles de crédito atualmente existentes que poderá ser passado (tal qual um crachá de acesso) em qualquer máquina equipada com a tecnologia de contato.

A empresa vem trabalhando desde 2008 na implementação dessa tecnologia, que envolve o trabalho conjunto com bancos, fabricantes, operadoras de telecomunicação e lojistas. Segundo Marcelo Sarralha, diretor de produtos da Visa no Brasil, o projeto vem progredindo rapidamente, e dentro de um a dois anos a tecnologia já deve estar em plena operação. Segundo o executivo, há mais de quatro bancos prontos para operar com NFC. Do lado das fabricantes, empresas como a RIM já comercializam modelos equipados com a tecnologia (como os novos BlackBerry Curve e Bold). O maior desafio parece residir na instalação de máquinas nos estabelcimentos comerciais, trabalho custoso e demorado, mas que o diretor garante que deve estar concluído entre um e dois anos. Um dos maiores objetivos desse trabalho é dotar o país de infra-estrutura de consumo para atender aos milhares de turistas esperados para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, ambos os eventos patrocinadas pela Visa.

No que diz respeito à adaptação dos celulares a essa nova tecnologia, a Visa aposta suas fichas em duas possibilidades. Uma primeira seria a compra de smartphones já equipados de fábrica com NFC. Um segundo meio seria o uso de um cartão microSD com NFC embutido (o que tornaria qualquer smartphone com entrada para microSD capaz de utilizar os serviços). Para a primeira opção, será necessário também trocar os SIMcards por uma versão com um elemento seguro. De acordo com Sarralha, fabricantes locais de chips estão preparados para produzi-los e alguns modelos já até foram homologados por operadoras brasileiras.

Uma outra característica interessante do novo produto é sua interoperabilidade com a rede Visa em todo o mundo. Dessa forma, o brasileiro portador de celular equipado com NFC poderá usá-lo para comprar pelo sistema em qualquer país onde haja máquinas capazes de suportar a tecnologia.

Recargas

O segundo alvo da Visa no ramo de pagamentos móveis é o mercado de recarga de celulares pré-pagos e micropagamentos móveis. Atualmente, estima-se em 200 milhões o número de celulares pré-pagos existentes no Brasil, originando um mercado total de recargas que movimentou aproximadamente R$ 27 bilhões no país em 2010. Contudo, hoje em dia, apenas 7% das recargas de celulares são feitas com cartão de crédito, havendo, segundo Sarralha, enorme potencial para crescimento nesse mercado.

Atualmente, o portador que deseja recarregar seu pré-pago remotamente pode fazê-lo via celular, vindo o valor debitado na sua conta de cartão de crédito. Mas a empresa planeja disponibilizar uma segunda forma de recarga remota, em que a compra será feita pelo cartão de crédito via internet. Esse é um sistema que vem sendo desenvolvido pela Visa em parceria com as operadoras de telefonia móvel - Claro, Oi, TIM e Vivo - e mais de 20 instituições financeiras, e que já se encontra em fase final de testes, devendo estar em breve disponível como opção ao consumidor.

Estabelecida essa tecnologia para o serviço de recargas pré-pagas, a empresa aposta em sua ampliação para abarcar o consumo de outros bens: além de créditos telefônicos, o usuário poderá usar o seu celular para comprar toda uma série de produtos, que podem ir desde simples wallpapers até vídeos e músicas em formato mp3, ou mesmo para o pagamento de serviços, tudo com o billing sendo feito na própria conta de cartão de crédito do usuário. “Esse é um sistema que vai revolucionar o mercado de compras no Brasil”, aposta Serralha.
 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ITAÚ TEM A ANUIDADE DE CARTÃO MAIS CARA DO MERCADO

14/01/2012


portal iG 29/12/2011 - Aline Cury Zampieri

Ter um cartão de crédito facilita a vida. É o dinheiro de plástico, que nunca some da carteira e pode ser usado em quase qualquer lugar. Mas vale a pena checar a anuidade antes de escolher o banco que vai oferecer o produto. A diferença de cobrança anual no cartão mais básico do mercado, por exemplo, pode variar quase 300%. Já a distância entre o menor preço e o maior, e que abrange cartões com benefícios diferentes, pode chegar a vertiginosos 2.700%.

A menor taxa do mercado é do Mercantil do Brasil, que oferece o Visa Standard Nacional Básico por R$ 24. A maior é do Itaú, que oferta os cartões Visa Infinite e Mastercard Black por R$ 690. Essa é a diferença de quem cobra algum tipo de tarifa. Mas há instituições, por exemplo, que não têm anuidade. O levantamento foi feito com base na em site da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), que reúne os valores cobrados pelos principais bancos e empresas emissoras de cartões de crédito no Brasil. Por meio desse novo canal (www.tarifasdocartao.org.br), o consumidor pode consultar e comparar as tarifas de forma rápida e transparente.

De graça

Três instituições não possuem taxa de anuidade. Luizacred, financeira do Magazine Luiza e do Itaú, e Hipercard, também do grupo Itaú, não cobram anuidade em seu cartão Mastercard Standard Internacional. O Banco BMG, por sua vez, isenta de tarifas o cliente do Mastercard básico Classic Nacional. (veja detalhes dos cartões abaixo).

Cartão de crédito: várias opções, com vários preços

Os básicos

No cartão mais básico possível, e que é uma exigência do Banco Central (BC), as anuidades vão de R$ 24, no Mercantil do Brasil, a R$ 90, na Portoseg (veja gráfico acima para comparar as tarifas intermediárias). Na regra que disciplinou e diminuiu os tipos de tarifas cobradas pelos cartões, o BC também exigiu que toda instituição tivesse um cartão básico, nacional e/ou internacional.

O Mercantil diz que seu cartão de crédito básico não tem vínculo com premiação, ou seja, tem como único serviço a realização de compras a crédito. Segundo Taíse Cruz, diretora executiva de Produtos do banco, a estratégia é possibilitar ao maior número possível de clientes o acesso ao cartão de crédito do banco. “Com esse objetivo, disponibilizamos a tarifa mais acessível do mercado.”

Marcos Loução, diretor da Portoseg, empresa da Porto Seguro que administra os cartões, ao ouvir as diferenças de preços entre o plástico da empresa e o de outros bancos, disse que provavelmente irá rever sua tarifa. Ele explica que a Porto não tem tradição, nem expertise, na oferta de cartão básico nacional. “Criamos esse cartão por uma exigência do banco central, há quatro meses, e não temos experiência em sua anuidade.”

Loução conta que todos os cartões da Porto são internacionais e que os custos operacionais do novo plástico foram calculados com base nessa outra linha. Ele comentou, entretanto, que no primeiro ano do cliente a Portoseg nunca cobra a anuidade. Como o cartão tem apenas quatro meses, a cobrança ainda não começou. “Nosso público prefere os cartões internacionais, que oferecem benefícios, como desconto em seguros, trocas de pontos e milhas”, diz.

Os luxuosos

Na outra ponta do mercado, as anuidades dos cartões premium vão às alturas. Os mais caros são o Visa Infinite e o Mastercard Black. Poucas instituições oferecem. No caso do Visa são apenas três: Bradesco, Itaú e Caixa Econômica Federal. O Itaú cobra anuidade de R$ 690, o Bradesco de R$ 680 e a CEF, de R$ 495. Consultado sobre a taxa, o Itaú não retornou o pedido de entrevista.

Compare as taxas de cartão de crédito

Na Caixa, o superintendente nacional de Negócios com Cartões, Milton Paulo Krüger Júnior, diz que, ao fixar suas tarifas se serviços, dentre elas a da anuidade do cartão Infinite, reitera seu posicionamento de praticar as menores tarifas de mercado. “A excelência no desenvolvimento do produto, aliada à melhoria dos processos, colabora com a redução de custos”, diz.

No cartão Mastercard Black são quatro bancos: Bradesco (R$ 680), Itaú (R$ 690), Santander (R$ 660) e Citibank (R$ 600).

Veja o que cada cartão oferece

Luizacred - A empresa diz, em sua página na internet, que nas compras parceladas, o limite do seu cartão é comprometido apenas com o valor da parcela. Com isso, o cliente pode comprar até três vezes o valor do seu limite. O usuário pode ainda aproveitar ofertas e condições exclusivas no Magazine Luiza. O Cartão Luiza também permite fazer saques em dinheiro em toda a Rede Unibanco 30 HORAS e Banco 24 Horas.

Hipercard - O cartão oferece até 40 dias sem juros para pagar as compras. Segundo a empresa, é o cartão de crédito preferencial do Grupo Walmart Brasil (Hiper Bompreço, Bompreço, BIG, Maxxi, Mercadorama, Nacional, Todo Dia e Sam´s Club), além de ser o único cartão de crédito aceito no Sam´s Club. Com o plástico, o cliente pode ainda pagar contas de luz, água, telefone entre outras, com até 40 dias de prazo.

BMG - No BMG, o cartão é oferecido a aposentados e pensionistas do INSS e servidores públicos. Entre as vantagens estão saques em dinheiro (Rede Cirrus e caixas eletrônicos Bancos 24 horas), telessaques com depósito direto em sua conta corrente e pagamento mínimo descontado na folha de pagamento.

Visa Infinite - O cartão oferece vários seguros, como de acidentes de viagem, locação de veículos, garantia estendida e atraso de voo. Há ainda ofertas exclusivas, com descontos em lojas de luxo como Gloria Coelho, Ricardo Almeida e Dryzun, segundo o site da Visa.

Mastercard Black - Entre os benefícios estão tratamento especial e exclusivo em aeroportos e nos melhores hotéis, restaurantes e lojas do mundo, segundo a Mastercard. O cliente também pode ter um assistente pessoal exclusivo para ajudar em uma viagem de negócios ou até a escolher um presente.

CIELO E REDECARD TERÃO CONCORRENTES DE PESO EM 2012

14/01/2012


jornal Brasil Econômico 03/01/2012 – Flávia Furlan

O mercado de cartões brasileiro ficará mais concorrido este ano, quando duas novas credenciadoras — companhias que fazem a comunicação entre o comércio e as bandeiras — entrarão em operação: as americanas Elavon e Tsys. As empresas chegam para competir com Cielo e Redecard, que hoje dominam a atividade de adquirência, e vão usar como estratégia aquilo que está sendo experimentado pelas veteranas, que é agregar valor às “maquininhas” disponibilizadas ao comércio, como com programas de fidelidade, sem entrar em guerra de preços.

Segundo Antonio Castillo, presidente da Elavon na América Latina — credenciadora que atua em 30 países e que tem um escritório com 100 funcionários no Brasil—, a companhia vai entrar no país com produtos diferenciados para cada tipo de varejista e tem serviços para empresas do setor aéreo, turismo, saúde e para o comércio eletrônico. “Acreditamos que o mais importante para o varejo é economia em cima das receitas operacionais. A estratégia da Elavon não é baseada em preços.”

A Elavon já fechou contrato com 200 varejistas de todos os portes, sendo que os menores devem começar um projeto piloto no primeiro trimestre de 2012 e os grandes vão entrar em operação até o final do primeiro semestre, já que estão passando por uma fase de desenvolvimento de produtos especiais a serem aplicados no país. A empresa já teem sua carteira bandeiras como Visa, MasterCard, Diners e Discover, mas não descarta a parceria com as bandeiras regionais.

Antonio Jorge Bueno, responsável pela América Latina da conterrânea Tsys, pondera que quer entregar no Brasil muito valor agregado às maquininhas. “O caminho neste mercado é a diferenciação”, afirma, sem adiantar qual a estratégia que a empresa seguirá no país quando começar a operar, o que deve ocorrer no próximo ano. A Tsys atua no Brasil como processadora de transações de cartões desde 2009, tendo como principal cliente o Carrefour. No mundo, a empresa tem capacidade de processar 7 bilhões de pagamentos ao ano e apenas nos Estados Unidos ela atua também como credenciadora, a exemplo do que ocorrerá no Brasil. De acordo com Bueno, a guerra de preços só estragaria o mercado para todo mundo e, portanto, não é a estratégia que deve adotar. “Conforme o preço abaixa, a qualidade do serviço cai e tudo tem um limite. Quero fornecer tanto benefício ao cliente que ele aceite pagar mais pelo meu serviço”, pondera.

As novas empresas de credenciamento entram em sintonia com as veteranas do setor. “Não vamos entrar em guerra de preços”, afirmaram em coro Claudio Yamaguti, presidente da Redecard, durante reunião com investidores, e Rômulo Dias, presidente da Cielo, em entrevista ao BRASIL ECONÔMICO.

As empresas reduziram suas margens durante o ano de 2010, quando houve em julho a abertura do mercado de credenciamento com o fim da exclusividade de Cielo prestar serviço de adquirência para a Visa e a Redecard para a MasterCard.  Em ambiente mais competitivo, as companhias foram forçadas a reduzir preços, inclusive a taxa de desconto cobrada do varejista pelo aluguel das maquininhas. Para se ter uma ideia, entre o terceiro trimestre de 2010 e o mesmo período de 2011, a taxa da Redecard e da Cielo caiu 8%. No entanto, agora o que se percebe é que essa taxa tende a se estabilizar, uma vez que as empresas voltaram a buscar rentabilidade para garantir resultados.

O Santander, que entrou no mercado de adquirência em 2010 em parceria com a GetNet, vai no sentido contrário dos concorrentes e já anunciou, inclusive, a não cobrança da taxa de desconto aplicada ao varejista pelo aluguel das maquininhas. A meta é ganhar escala e depois buscar rentabilidade.

Preço baixo é importante para novata ganhar mercado

A estratégia de cobrar um preço menor é importante para quem está entrando no mercado de adquirência brasileiro, pois é deste modo que se conquista mais escala, segundo a equipe de pesquisas da corretora Planner. “O Santander está em primeiro lugar buscando volume porque precisa de participação neste setor, já que a Cielo e Redecard têm uma vantagem muito forte”, pondera a equipe de analistas. Para eles, vai ser difícil ganhar espaço como Elavon e Tsys estão propondo, apenas agregando valor às maquininhas, a não ser que se conquiste clientes com grande volume de transações. Dados do terceiro trimestre de 2011 mostravam que a Cielo detinha 56,7% do mercado de credenciamento, ante 42,1% da Redecard e 1,2% de outras. Pesquisa da Boanerges & Cia. Consultoria de Varejo mostra que, em 2016, quando o Brasil atingir 13,7 bilhões de transações ao ano, a Cielo terá parcela de 41,6% do mercado, contra 37,2% da Redecard e 21,16% das demais empresas.

BRADESCO DESISTE E LOSANGO CONTINUA COM O HSBC

14/01/2012


portal Economia & Negócios  30/12/2011 - David Friedlander (O Estado de S. Paulo)

HSBC e Bradesco não chegaram a um acordo e as negociações para a venda da Losango, maior financeira do País, foram encerradas dias atrás. Dos quatro grandes bancos que discutiram a operação, apenas o Bradesco foi em frente e fez uma oferta de algo em torno de R$ 600 milhões.

As diferenças de posição entre os dois bancos eram grandes. O HSBC, que inicialmente esperava receber acima de R$ 800 milhões pela financeira, queria uma oferta maior. O Bradesco, por sua vez, insistia para que o HSBC assumisse todo o risco trabalhista da Losango.

O medo é que os funcionários da financeira, na sua maioria promotores de venda, ao deixar a empresa procurassem a Justiça e conseguissem ser considerados bancários, o que aumentaria os custos trabalhistas da operação. O HSBC aceitava assumir parte desse risco, mas o Bradesco queria que o vendedor ficasse com toda responsabilidade por eventuais despesas desse tipo.

A Losango foi colocada à venda porque o HSBC decidiu abandonar o varejo popular no Brasil e se concentrar na clientela de renda mais alta. Contratado para procurar potenciais compradores, o banco de investimentos JP Morgan manteve conversas com Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Itaú Unibanco.

Dos quatro, o Itaú não mostrou entusiasmo pelo negócio em momento algum, segundo fontes que participaram da operação. Os outros três candidatos avaliaram a financeira do HSBC, mas apenas o Bradesco apresentou uma proposta firme.

Como não houve acerto, a estrutura montada para a negociação foi desfeita e os executivos enviados pela matriz do HSBC para participar das discussões retornaram à Inglaterra pouco mais de uma semana atrás. Procurados, HSBC, JP Morgan e Bradesco não se manifestaram.

Estratégia. Líder no segmento de crédito direto ao consumidor, com mais de 20% do mercado, a Losango tem uma carteira de cerca de R$ 3 bilhões em financiamentos. O HSBC comprou a empresa em 2003, por US$ 815 milhões, da filial brasileira do Lloyds Bank, da Inglaterra.

Na época, a operação foi vista como o primeiro grande passo do HSBC rumo a um processo de crescimento no Brasil - que nunca ocorreu na intensidade que o mercado imaginava. De lá para cá, o segmento de atuação da Losango foi perdendo espaço para novos produtos, como o crédito consignado, por exemplo.

O desejo de vender a Losango, que continua com o HSBC, faz parte da nova estratégia global do grupo britânico, anunciada no começo do ano. A intenção é abandonar áreas e países em que a instituição não tem escala para competir pelas primeiras posições, como o varejo popular brasileiro.

Por aqui, as prioridades passaram a ser os clientes de alta renda, financiamento de empresas e comércio internacional, aproveitando a presença do grupo em mais de 80 países. Recentemente, o banco anunciou que pretende contratar 600 gerentes de relacionamento para reforçar sua área comercial, no ano que vem.

Meses atrás, o movimento de aproximação com potenciais interessados na Losango alimentou a ideia de que o HSBC, sexto maior banco do País, estaria sendo negociado no Brasil. O banco negou.

No começo deste mês, numa ação em parte destinada a reforçar a ideia de que o grupo pretende continuar no País, o HSBC anunciou que vai transferir sua sede na América Latina da Cidade do México para São Paulo no começo do ano que vem.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

BRADESCO APOSTA EM INCLUSÃO BANCÁRIA E ABRE MIL AGÊNCIAS

jornal DCI 16/12/2011 - Marcelle Gutierrez e Renato Carvalho

Nos últimos seis meses de 2011, o Bradesco aposta na população brasileira não-bancarizada, isto é, que nunca utilizou os serviços bancários, para manter a trajetória de crescimento. Ao todo, foram inauguradas e reformadas 1003 agências, o que soma um investimento total de R$ 890 milhões e 5,9 mil novos funcionários diretos. Além de agregar novos clientes à sua base, a estratégia visa também compensar a perda das 6 mil agências do Banco Postal (Correios) para o Banco do Brasil em licitação realizada em maio deste ano. Agora, o Bradesco soma 8,2 mil agências.

Luiz Carlos Trabuco, presidente do banco, afirmou durante almoço de confraternização realizado na sede do banco, em São Paulo, que foram inauguradas, em média, cinco agências por dia nesse período, o que se caracteriza como uma vantagem competitiva a ser adotada nos próximos anos. "Queremos nos diferenciar pela distribuição e pela capilarização, sendo um delivery de serviços financeiros e de seguros por todo o País".

Segundo Trabuco, foram analisados os locais com maior ritmo de crescimento, como a Região Nordeste que, junto com a Sudeste, concentra 60% das aberturas de unidades no ano. "Levamos em conta ainda os índices de inclusão bancária. O potencial que a economia dá de bancarização é muito forte." O presidente explica que os índices de inclusão bancária são distintos, no qual São Paulo tem 43% da população bancarizada, Paraná possui 36%, Rio Grande do Sul 35% e Minas Gerais 25%. Já na região Nordeste a porcentagem chega a 16%.

O presidente do Bradesco ressalta que há capacidade para a quantidade de agências. "No Brasil, há 1,4 mil agências para cada 10 mil habitantes. Na Europa, há 3,2 mil agências para cada 10 mil agências", afirma Trabuco, que complementa: "O crescimento orgânico é a resposta para a atual realidade".

O executivo João Aguiar Alvarez, membro do Conselho de Administração do Bradesco, explica que a região Nordeste teve um incremento de renda nos últimos anos, além do banco ter adquirido a folha de pagamento dos servidores públicos de Pernambuco, fatores que justificam o investimento. "Ação específica para atender esses novos clientes, com abertura de agências onde há uma concentração muito grande. Mas esse [1003 novas agências] é um ponto fora da curva."

Ao ser questionado se as novas unidades possuem ligação com a perda do Banco Postal, Aurélio Conrado Boni, diretor-executivo do Bradesco, explica que houve uma análise dos lugares onde seriam instaladas as novas agências e que os locais onde o banco atuava por meio do Banco Postal, na rede de distribuição dos Correios, também foi um ponto relevante, já que os clientes mantêm relacionamento com o banco há anos. "Aquele cliente é do Bradesco."

O diretor de Varejo do Bradesco, Altair Antônio de Souza, também admite que a abertura de um número tão grande de agências em curto espaço de tempo tem como um dos objetivos manter os clientes conseguidos com o Banco Postal. "Claro que também temos por objetivo não perder contas, mas é bom lembrar que esses já são clientes do Bradesco. Esse investimento já estava previsto pelo banco, ele só foi acelerado por conta desta situação", afirma.

No final de maio, o Banco do Brasil venceu a licitação do Banco Postal com lance de R$ 2,3 bilhões, mais R$ 500 milhões em títulos de luvas. A rede de distribuição dos Correios começa a ser utilizada pelo BB em janeiro de 2012 e tem prazo de duração de cinco anos. O Bradesco tinha a exclusividade da operação desde 2002 e desistiu da licitação após lance de R$ 2,25 bilhões.

Cartões

Um dos produtos que mais podem contribuir para o processo de bancarização é o cartão. O diretor desta área no Bradesco, Marcelo Noronha, afirma que uma das estratégias é atingir novos clientes por meio de cartões de loja, conhecidos como private label. "Muitos deles não têm conta bancária, mas têm o cartão da loja." Ele não quis revelar quantos destes portadores de cartões se tornam efetivamente cliente. "É uma informação estratégica." A bandeira Elo, criada em parceria com o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, já registra expansão. "Neste mês, já atingimos 1 milhão de plásticos", revela Noronha. Ele conta também que são 2 mil os estabelecimentos credenciados e com um ticket médio parecido com o do mercado. "Fica entre R$ 70 e R$ 80 mensais."

Noronha afirma que não está nos planos fazer da Elo uma bandeira internacional. "Não oferecemos a Elo como primeira opção aos clientes, porque é voltado para quem vai usar somente no Brasil. Queremos nos consolidar neste segmento de clientes, e depois vamos pensar em novos planos". Noronha também revelou que é possível um acordo com a Redecard em breve, já que, por enquanto, somente as máquinas da Cielo aceitam a bandeira.

BRADESCO ULTRAPASSA ITAÚ EM AGÊNCIAS


jornal Brasil Econômico 16/12/2011 – Ana Paula Ribeiro

Em um plano agressivo de crescimento, o Bradesco inaugurou no segundo semestre do ano 1.003 agências. De efeito imediato, o banco consegue ultrapassar o Itaú em número de pontos de atendimento tradicional, chegando a 4.679 no país. No entanto, irá amargar no curto prazo o aumento das despesas operacionais até que esse investimento seja maturado e comece a dar retorno de fato à instituição. “Esse plano mostra confiança no Brasil.Queremos nos diferenciar pela capilaridade”, afirma o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.

O concorrente Itaú somava 4.005 agências em setembro — e, mesmo com a previsão de abertura de cerca de 80 unidades no últimos trimestre, perderia a liderança de agências entre os bancos privados. Para o Bradesco cumprir o plano de expansão — incluindo a inauguração de 48 agências feita entre janeiro e junho deste ano — e reformar pontos de atendimento já existentes, o banco investiu R$ 890 milhões no ano e contratou 5,9 mil funcionários.

Trabuco admite que esses gastos irão afetar o nível de despesas da instituição,mas que a rede já em funcionamento dará sustentação ao investimento até que as novas agências comecem a dar retorno. “Vamos ter sim um pequeno impacto”, diz.

Uma agência demora cerca de dois anos para começar a dar retorno, mas o banco alterou a estrutura de custos para antecipar esse prazo. Uma das estratégias foi abrir agências de menor porte, com reduzido número de funcionários.

No ano até setembro, as despesas administrativas e de pessoal do Bradesco somaram R$ 17,65 bilhões, um crescimento de 17,3% em relação ao mesmo período de 2010. Na avaliação do presidente da Austin Rating, Erivelto Rodrigues, o aumento nas despesas deve persistir no curto prazo, até que o investimento seja equacionado. “Vai ter uma elevação da despesa administrativa, mas acredito que nada representativo”, diz.

Rodrigues pondera que esse investimento é necessário para o crescimento do banco em um ambiente de poucas oportunidades de aquisição. O plano de abertura de agências foi uma das saídas encontradas pelo Bradesco para compensar a perda do Banco Postal, que conta com mais de 6 mil pontos no Brasil e que a partir do dia 2 de janeiro passará a ser administrado pelo Banco do Brasil.

Parte das agências abertas está em localidades em que o correspondente bancário dos Correios tinha um volume significativo de operações. Também foi preciso reforçar a presença no Rio de Janeiro, onde o Bradesco assumirá a folha de pagamento dos mais de 400 mil servidores públicos estaduais a partir do mês que vem. “Nós queremos ser o banco para todas as cidades. As pequenas, as médias e as grandes”, ressalta Trabuco. O processo de abertura inclui cidades de todos os portes, como Tailândia, no Pará, com 70 mil habitantes e que tem apresentado crescimento devido ao aumento da produção de biodiesel.

A busca por cidades de todos os portes difere do modelo adotado pelo Itaú, que tem um plano de abertura de agências mais modesto. Entre janeiro e setembro, foram inaugurados 38 pontos. No final de novembro, durante reunião com analistas realizada em São Paulo, o presidente do Itaú, Roberto Setubal, afirmou que a instituição deveria concluir o ano com a abertura de cerca de 120 e, para 2012, a expectativa era abrir outras 150, sendo o interesse apenas nos grandes centros. “Diferente de alguns bancos, que estão abrindo agências em cidade com 5 mil, 10 mil habitantes, só estamos abrindo nos grandes centros, que possuem potencial de crescimento de negócios”, disse o executivo na ocasião.

Além de ter colocado o pé no freio no que diz respeito a novas agências, o Itaú tem como meta entregar em 2013 um índice de eficiência de 41%. Esse índice mede a relação entre despesas e receitas de uma instituição financeira e, quanto menor, melhor. No acumulado do ano até setembro, a eficiência do Itaú estava em 47,8%, o que significa que o banco gasta R 47,80 para obter R$ 100 emreceitas. O índice do Bradesco, no mesmo período, era de 42,7% e do Banco do Brasil, de 41,1%.

Bancarização

Na avaliação de Trabuco, com o ritmo da atividade econômica, o Brasil precisará ter, em um prazo de 10 anos, 150 milhões de pessoas com contas em banco, sendo seis milhões novos bancarizados apenas em 2012. Hoje o número de bancarizados não chega a 35 milhões. “Se isso não acontecer é porque algo não funcionou”, avisa.

BANDEIRA ELO DEVE ATINGIR 1 MILHÃO DE CARTÕES EM 2011

Portal Economia & Negócios 15/12/2011 - Aline Bronzati e Altamiro Silva Júnior (Agência Estado)

O cartão Elo, bandeira criada por Banco do Brasil, Bradesco e Caixa, deve somar 1 milhão de plásticos ainda este ano, com apenas oito meses do seu lançamento, de acordo com o presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias. No terceiro trimestre deste ano, foi alcançada a marca de 500 mil.

"Devemos bater 1 milhão nos próximos dias. Será possível alcançar este número de usuários graças ao poder de distribuição (dos três bancos) junto aos seus correntistas", explicou Dias, em conversa com analistas e investidores nesta manhã em reunião da Apimec.

Na semana passada, Dias disse em entrevista à Agência Estado, que os bancos que criaram a bandeira começaram em novembro uma estratégia mais agressiva de vendas do cartão, inclusive com comerciais no horário nobre da televisão. A estratégia começa a dar resultados, principalmente entre o público de menor renda e a emissão cresceu.

O cartão é capturado pelos terminais da Cielo, em mais de 1,8 milhão de pontos. Segundo Mello, as transações com a Elo já começam a fazer diferença nos volumes capturados pela empresa, que inclui bandeiras como Visa, MasterCard e American Express.

Com operação nas modalidades de crédito e débito desde abril, a bandeira nacional também deve começar a atuar na emissão de vales benefícios - de refeição e alimentação - em 2012. Outro projeto são os cartões pré-pagos, que são carregados em reais e usados para pagamentos em toda a rede credenciada.

No último dia 7, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a parceria entre Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal para a operação da bandeira de cartões Elo.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Máquina de Vendas inicia venda das motos Flash


21 de Novembro de 2011
 MV City 150 CC

A Máquina De Vendas, segundo maior grupo varejista do Brasil, inicia as vendas de cinco modelos exclusivos de motocicletas da marca Flash, resultado da parceria firmada entre a holding e a CR Zongshen. As motos serão comercializadas, inicialmente, em 67 lojas City Lar dos estados do Mato Grosso e Amazonas. O negócio, anunciado em abril desse ano, prevê a venda de 15 mil motos ainda em 2011 e faturamento de R$ 90 milhões.
Segundo comunicado conjunto da CR Zongshen e Máquina De Vendas, estão sendo lançados os modelos MV CITY 150, MV ACTION 150, MV ING 110, MV POWER ELÉTRICA E MV TEEN 50. Toda a linha de produtos foi desenvolvida e fabricada na unidade fabril da CR Zongshen em Manaus (AM). A tabela de preços das motos Flash ainda não foi divulgada.
A CR Zongshen também se responsabiliza por nomeação, treinamento e acompanhamento dos serviços prestados pela rede de Assistentes Técnicos Autorizados em todas as localidades onde será feita a comercialização das motocicletas. Até o final do ano, a comercialização das motos deve se expandir para 198 unidades City Lar nos estados de Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Roraima, Tocantins, Maranhão e Pará.
A partir de janeiro de 2012, o negócio será gradativamente ampliado para as demais lojas do grupo Máquina De Vendas começando pelas unidades da Insinuante, instalada na Bahia. A Máquina de Vendas é composta por City Lar, Insinuante, Ricardo Eletro e Eletro Shopping em 23 estados e no Distrito Federal, somando 900 pontos de venda.
O presidente do Conselho de Administração da Máquina De Vendas, Luiz Carlos Batista, ressalta que além das vendas e da distribuição, a Máquina de Vendas também fará o financiamento das motos, através da financeira recentemente formada em parceria com o HSBC.