Jornal Brasil On Line - 28/03/2011
O decreto que eleva o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para as compras com cartão de crédito no exterior foi publicado hoje (28) no Diário Oficial da União.
O decreto eleva de 2,38% para 6,38% o IOF sobre as compras com cartão de crédito no exterior. A medida tem como objetivo conter a queda do dólar ao desestimular o uso do cartão de crédito na importação.
O aumento do imposto atende a uma demanda empresarial, porque os gastos com produtos estrangeiros afetam o consumo de produtos locais. Com a alta do IOF, o governo espera compensar parte da perda de arrecadação verificada com a correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Cartão de crédito no exterior vira armadilha com a alta do dólar
Economiasc.com03.10.2011
O uso do cartão de crédito para compras no exterior se tornou uma armadilha. Segundo avaliação de Marcelo Maron, Diretor Executivo do Grupo PAR e consultor de finanças pessoais, a alta significativa do dólar no mês de setembro, que chegou a cerca de 20%, tornou o uso do cartão de crédito no exterior um risco para aquelas pessoas que têm orçamentos restritos.
"Com a alta do dólar, viagens ao exterior ficaram repentinamente mais caras. Na prática, são R$ 300 a mais em cada US$ 1.000 gastos, seja na passagem, aluguel de carro, hotéis, compras ou comida. Em uma viagem bem espartana, com gastos controlados, esse custo a mais não deverá ficar por menos de R$ 1.000", alerta Maron.
Para o consultor, essa alta significativa do dólar revela problemas na economia brasileira em relação à crise internacional, que ainda não tem a credibilidade necessária a frear oscilações de câmbio tão fortes.
"Uma oscilação como a que vimos aqui no Brasil não foi observada em relação ao euro, à libra esterlina ou mesmo moedas de menor importância internacional, salvo as de países com reputação discutível, como a Venezuela", assinala Maron.
Diferenças
Segundo Maron, que também é professor de Matemática Financeira da UniEuro, em Brasília (DF), os viajantes não podem se esquecer que o valor do dólar que as pessoas compram para viajar não é o mesmo do câmbio oficial divulgado na mídia.
"Se você comprar dólares em um banco, vai pagar a taxa do câmbio turismo, que é mais elevada que a taxa oficial, além de receber a incidência de 0,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)", explica Maron, alertando que a compra de dólares no mercado paralelo não traz vantagens significativas, em função de que a taxa é próxima ao dólar turismo já com os 0,38% de IOF, sem contar com o risco de se estar praticando algo ilegal.
Cartão de crédito
Para Maron, usar o cartão de crédito em despesas no exterior é um risco ainda maior, uma vez que a cotação do dólar praticada pelas operadoras de cartões é aquela do fechamento da fatura, com um acréscimo de 6,38% de IOF.
"Além disso, as pessoas não podem parcelar despesas em dólar, como parcelamos compras feitas no Brasil", alerta.
Dica
Para o consultor, um dos meios de pagamento mais seguros para quem viaja é o cartão pré-pago em dólar, já disponível nos bancos que operam com câmbio, e que não possui o IOF do cartão de crédito.
"É uma excelente opção, pois além de reduzir consideravelmente o famigerado imposto, há um risco bem menor do que carregar papel moeda para casos de perda ou roubo do cartão. Claro que neste câmbio está embutido o lucro da instituição que lhe venderá o dólar, através de uma taxa de câmbio mais elevada que a oficial também. Mas é uma excelente opção uma vez que não há sustos no momento da chegada da fatura", recomenda.
Por essas razões, a recomendação é que o viajante ao exterior nos tempos de hoje faça um mix entre cartão pré-pago, dinheiro e cartão de crédito:
"Com a alta do dólar, viagens ao exterior ficaram repentinamente mais caras. Na prática, são R$ 300 a mais em cada US$ 1.000 gastos, seja na passagem, aluguel de carro, hotéis, compras ou comida. Em uma viagem bem espartana, com gastos controlados, esse custo a mais não deverá ficar por menos de R$ 1.000", alerta Maron.
Para o consultor, essa alta significativa do dólar revela problemas na economia brasileira em relação à crise internacional, que ainda não tem a credibilidade necessária a frear oscilações de câmbio tão fortes.
"Uma oscilação como a que vimos aqui no Brasil não foi observada em relação ao euro, à libra esterlina ou mesmo moedas de menor importância internacional, salvo as de países com reputação discutível, como a Venezuela", assinala Maron.
Diferenças
Segundo Maron, que também é professor de Matemática Financeira da UniEuro, em Brasília (DF), os viajantes não podem se esquecer que o valor do dólar que as pessoas compram para viajar não é o mesmo do câmbio oficial divulgado na mídia.
"Se você comprar dólares em um banco, vai pagar a taxa do câmbio turismo, que é mais elevada que a taxa oficial, além de receber a incidência de 0,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)", explica Maron, alertando que a compra de dólares no mercado paralelo não traz vantagens significativas, em função de que a taxa é próxima ao dólar turismo já com os 0,38% de IOF, sem contar com o risco de se estar praticando algo ilegal.
Cartão de crédito
Para Maron, usar o cartão de crédito em despesas no exterior é um risco ainda maior, uma vez que a cotação do dólar praticada pelas operadoras de cartões é aquela do fechamento da fatura, com um acréscimo de 6,38% de IOF.
"Além disso, as pessoas não podem parcelar despesas em dólar, como parcelamos compras feitas no Brasil", alerta.
Dica
Para o consultor, um dos meios de pagamento mais seguros para quem viaja é o cartão pré-pago em dólar, já disponível nos bancos que operam com câmbio, e que não possui o IOF do cartão de crédito.
"É uma excelente opção, pois além de reduzir consideravelmente o famigerado imposto, há um risco bem menor do que carregar papel moeda para casos de perda ou roubo do cartão. Claro que neste câmbio está embutido o lucro da instituição que lhe venderá o dólar, através de uma taxa de câmbio mais elevada que a oficial também. Mas é uma excelente opção uma vez que não há sustos no momento da chegada da fatura", recomenda.
Por essas razões, a recomendação é que o viajante ao exterior nos tempos de hoje faça um mix entre cartão pré-pago, dinheiro e cartão de crédito:
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